&quot;Vit&oacute;ria sentou-se na poltrona e olharam uma para a outra, de uma forma que apenas quem se senta com a morte consegue, permanecendo assim durante v&aacute;rios minutos.&nbsp;Combinaram n&atilde;o dizer nada, n&atilde;o dizer nada para al&eacute;m do que j&aacute; fora dito.<i>&quot;</i><br />Naquele que &eacute; o seu romance de estreia, Ana Margarida Meira conta a hist&oacute;ria de cinco mulheres marcadas por um momento que determina o tom tr&aacute;gico da narrativa que lhe precede.&nbsp;Laura define a perspetiva da narrativa complexa atrav&eacute;s da qual s&atilde;o explorados os pensamentos e inquietudes de todas as personagens. Ao ser confrontada com a exist&ecirc;ncia melanc&oacute;lica de Vit&oacute;ria, Laura v&ecirc; a sua realidade alterar-se ao perceber que, &agrave;s vezes, &eacute; necess&aacute;rio repensar a superioridade da vida sobre a dignidade da morte.