Esta ficção conta aqueles dias do ano de 1932 quando David Siqueiros, um pintor comprometido com o comunismo e com a arte enquanto instrumento da Revolução, concorda em pintar um mural ilustrado por mulheres nuas no porão da quinta Los Granados, propriedade do magnata da imprensa Natalio Botana, dono do "Crítica", a despeito de todos os seus princípios ideológicos. A mulher do pintor, Blanca Luz Brum, é a modelo utilizada para o mural. Ao fim do projeto, Blanca Luz abandona Siqueiros e se envolve com Natalio Botana. Expulso da Argentina, Siqueiros volta para o México. Um ano depois Luz abandona Botana. Cinquenta anos depois, a quinta é comprada para extrair o mural do porão abandonado e vendê-lo no mercado internacional. Em virtude de questões judiciais, a obra é mantida durante 15 anos em diversos contêineres no Porto de Buenos Aires. É, finalmente, expropriada pelo governo argentino para ser restaurada e exibida ao público nas celebrações do bicentenário da independência da Argentina. Esta ficção narra as situações que acompanharam esta extraordinária história que reflete a Argentina dos anos 30 e as paixões que a inspiravam.