Dopo Il colore dell&rsquo;invisibile (2008) e la selezione Per vivere con poesia (2010), Graphe.it torna a offrire al lettore italiano i pregevolissimi versi di Mario Quintana. Pubblicata in Brasile nel 1950, la raccolta O aprendiz de feiticeiro conquista il lettore immediatamente e senza filtri con la sua sensibilit&agrave; insieme delicata e dirompente, enigmatica e fantasiosa: una chiave espressiva che percorre tutta l&rsquo;opera di questo autore, capace di portarci in un mondo onirico fatto di piccole cose insignificanti frammiste a simbologie di respiro universale. L&rsquo;apprendista stregone del titolo &egrave;, in questo senso, colui che gioca innocentemente con le parole, con le suggestioni, per creare qualcosa che ancora non si conosce n&eacute; si &egrave; in grado di spiegare.<br /><br />Impeccabile la versione italiana di Natale P. Fioretto (gi&agrave; premiato come miglior traduttore al Premio editoria indipendente di qualit&agrave; per Il colore dell&rsquo;invisibile), che raccoglie la sfida non facile di rendere le poesie leggibili senza privarle della loro comunicativa.<br /><br />***<br /><br />Lan&ccedil;ados em 1950 e 1951, os dois volumes aqui reunidos marcaram a definitiva maturidade de Mario Quintana como poeta. Ao mesmo tempo, cada um deles relacionava-se com o outro como imagem invertida no espelho. De um lado, a poesia com liberdade de O aprendiz de feiticeiro. De outro, as quadras moralizantes, mas nem por isso moralistas, de Espelho m&aacute;gico. O leitor encontra-se enredado no maravilhoso universo, puramente mental, da ess&ecirc;ncia l&iacute;rica. Como diz o poeta: &ldquo;... o divino anseio/ Da beleza suprema...&rdquo;<br /><br />Com O aprendiz de feiticeiro e Espelho m&aacute;gico, Mario Quintana mostrava-se senhor seguro do of&iacute;cio po&eacute;tico. Nesses livros, o aprendiz na verdade virava mestre. Em rela&ccedil;&atilde;o aos livros anteriores de Quintana, O aprendiz de feiticeiro traz diversifica&ccedil;&atilde;o formal e tem&aacute;tica. Os versos incorporam narratividade, distendem-se, tornam mais flex&iacute;vel a linguagem po&eacute;tica. Espelho m&aacute;gico &eacute; caso interessante na trajet&oacute;ria do poeta, por ser constru&iacute;do &agrave; base do pastiche de poesia j&aacute; existente. Algumas das fontes originais desses poemas s&atilde;o identificadas por Quintana na nota ao final do volume. Outras, por&eacute;m, como ele pr&oacute;prio confessa, foram retidas &ldquo;ao acaso da pregui&ccedil;osa e desconexa leitura de almanaques e revistas&rdquo;. Natale Fioretto &eacute; o curador da vers&atilde;o italiana da obra.